Quando o sangue deixa sua forma líquida e passa a ser gelatinoso ou sólido, nós denominamos isso de coágulo ou trombo. Trata-se de um processo normal e necessário, que evita hemorragias decorrentes de traumas, cirurgias, menstruação, etc. Entretanto, esse processo pode ocorrer patologicamente dentro de um vaso (artéria ou veia) causando a trombose do mesmo. Na dependência do vaso acometido e extensão do trombo, teremos uma variedade de sintomas e possíveis complicações.
No caso das artérias os sintomas podem ser brandos ou até causar infarto do tecido nutrido por esse vaso, como infarto cerebral, cardíaco, renal, ou de membros inferiores, por exemplo.
No caso das veias, seria a trombose venosa, que pode ser superficial (flebites) ou profunda (acometendo veias mais importantes, comumente em membros inferiores), e os sintomas variam de assintomático até dor, edema, cianose e embolia pulmonar (com risco de vida). Rarissimamente podem comprometer a viabilidade de um membro.
Existem vários fatores de risco com distúrbios de coagulação, trauma, repouso prolongado, infecções, obesidade, fatores hormonais, neoplasias, etc.
O diagnóstico é clínico e auxiliado pela ultrassonografia, e angiotomografia nos casos com suspeita de embolia pulmonar.
O tratamento consiste usualmente no uso de anticoagulantes por períodos prolongados com o objetivo de evitar a progressão ou surgimento de novos trombos. Também auxilia o organismo a reabsorver os trombos com o passar do tempo. Em casos graves e de exceção (discutível), pode ser realizada cirurgia para remoção de trombos e trombólise com drogas, uso de filtro de veia cava, etc.
