TELEANGIECTASIAS

POR DR EDUARDO FACCINI ROCHA
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São vasos finos (com <1mm de diâmetro) encontrados na derme, causando desconforto estético e usualmente assintomáticos, mas podem também causar sintomas leves como sensação de peso, cansaço e queimação em membros inferiores.

Podem estar relacionadas a varizes e raramente a alguma mal formação vascular, frequentemente apresentam-se isoladas ou associadas a veias reticulares.

Quando de coloração vermelha viva e finas são de predomínio arteriolar e mais difíceis de tratar.

As de coloração azulada são de predomínio venular e apresentam resposta mais rápida ao tratamento. Existem ainda as de origem mista, com coloração intermediaria, assim como a resposta ao tratamento.

A principal indicação do tratamento é a estética, especialmente quando se apresentam isoladamente. Não são removidas com cirurgias, cremes ou medicações via oral, e o tratamento consiste em causar uma agressão ao vaso que leve à sua oclusão.

Ou seja, apenas a escleroterapia nas suas diversas modalidades, podem tratar esses vasos. Os métodos mais utilizados são a escleroterapia convencional com infusão de agentes líquidos (glicose hipertônica, polidocanol, oleato de etanolamina), laser transdérmico, crioescleroterapia, espuma, e também a combinação desses métodos.

Não há consenso na literatura médica sobre qual o melhor método para esclerosar esses vasinhos, portanto, não existe um método melhor que outro, e sim um profissional mais adaptado a um método específico e alcançando bons resultados.

Segundo a literatura médica, o tratamento combinado oferece melhores resultados que um tipo de tratamento apenas, mesmo assim, várias sessões de escleroterapia com métodos mistos podem ser necessárias, dependendo da quantidade de teleangiectasias, etiologia, tipo de vasos (azulados, avermelhados, mistos), da localização desses vasos, presença de veias reticulares nutridoras, presença de varizes, tipo de pele, etc.

A combinação mais utilizada atualmente é o uso do Laser Nd:Yag 1064nm e também, no mesmo ato, a escleroterapia convencional com glicose 75% (ou glicose mais polidocanol), com excelentes resultados. Realizamos uma sessão combinada a cada 20-30 dias, até obtermos um resultado satisfatório.

O tratamento é pouco doloroso e bem tolerado, especialmente quando utilizamos anestésicos diluídos com a glicose ou polidocanol, e o uso de ar gelado na pele alivia bastante o desconforto do laser ou picadas.

Excecionalmente, pode ser utilizado o Óxido Nitroso, que é um gás com poder anestésico. Entretanto, como discutiremos mais adiante, uma série de orientações e normas devem ser rigorosamente seguidas quando da sua utilização, tornando seu uso em casos eventuais, inclusive devendo ser evitado durante o uso do laser transdérmico, de acordo com diversos fabricantes e normas do Conselho Regional de Medicina, Capítulo VIII artigo 41.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Tese de mestrado: Análise quantitativa dos resultados de escleroterapia com o uso de fotografia digital e um programa de computador. Universidade Estadual de Campinas 2001

Quantitative analysis of sclerotherapy results by using digital photography and a computer program

Eduardo Faccini Rocha 1João Potério FilhoRoberto D E Alencar LotufoFranklin César FloresAlexandre Gonçalves SilvaStela Isernhagen CoelhoLeonardo Marques Rocha

Dermatol Surg 2006 Jul;32(7):902-6    PMID: 16875472   DOI: 10.1111/j.1524-4725.2006.32194.x

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16875472/

https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=357006

Resolução do CFM  sobre sedação em artigo 5º: Considerando a necessidade de implementação de medidas preventivas voltadas à redução de riscos e ao aumento da segurança sobre a prática do ato anestésico, recomenda-se que:

a) a sedação/analgesia seja realizada por médicos, preferencialmente anestesistas, ficando o acompanhamento do paciente a cargo do médico que não esteja realizando o procedimento que exige sedação/analgesia;

Operating Room Fires

Anesthesiology 2019 Mar;130(3):492-501.   doi: 10.1097/ALN.0000000000002598

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30664060/

Surgical Fire Safety

Gavin Stormont 1Sachit Anand 2Christopher M. Deibert 1

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31335023/

Comparative study in leg telangiectasias treatment with Nd:YAG laser and sclerotherapy

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30679981/

Single Blind, Randomised Study Regarding the Treatment of the Telangiectasia of the Lower Limbs (C1EAP) Using Polidocanol 0,5%, 1%, and Nd:YAG Laser

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32874686/

Treatment for telangiectasias and reticular veins

Luis Cu Nakano 1Daniel G Cacione 1Jose Cc Baptista-Silva 1 2Ronald Lg Flumignan 1

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34637138/

Skin hyperpigmentation after sclerotherapy with polidocanol: A systematic review

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36196455/

Varicose Veins: Diagnosis and Treatment

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31150188/

A Comprehensive Review on Varicose Veins: Preventive Measures and Different Treatments

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34242131/

INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO – SBACV

https://sbacv.org.br/storage/2018/02/insuficiencia-venosa-cronica.pdf

Consenso no Tratamento da Insuficiência Venosa Crônica de Membros Inferiores

https://vascular-2022-bucket.s3.amazonaws.com/wp-content/uploads/2022/09/19174359/CONSENSO-IVC-MEMBROS-INFERIORES-1a.edic%CC%A7a%CC%83o.pdf

Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular SP

https://sbacvsp.com.br/doencas-vasculares/

CFM Conselho Federal de Medicina

https://portal.cfm.org.br/

http://www.cremesp.org.br/?siteAcao=NoticiasC&id=1031

Jornal Vascular Brasileiro (digite uma busca)

https://www.jvascbras.org/

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