Resumidamente, é o tratamento que leva a esclerose do vaso a ser tratado (ocorre inflamação, obliteração com posterior fibrose e absorção). Aqui estamos nos referindo às teleangiectasias e veias reticulares apenas, portanto, vasos menores que 4mm de diâmetro.
Utilizamos métodos químicos com a infusão de glicose, polidocanol, oleato de etanolamina, espuma e métodos físicos, como a aplicação de calor com o Laser transdérmico.
O tratamento é realizado em múltiplas sessões e o resultado é obtido gradualmente ao longo das sessões. Obviamente é possível aumentarmos a concentração dos líquidos ou a potência do laser para acelerar o grau de esclerose dos vasos em tratamento, entretanto, essa medida pode causar lesão da pele e até úlceras. Desse modo, é sempre recomendável inciarmos o tratamento com concentrações mais suaves de agentes esclerosantes e parâmetros mais amenos no laser, e vamos aumentando ao longo das sessões.
Para otimizarmos os resultados temos utilizado a combinação de diferentes métodos durante a sessão de escleroterapia, como o Laser e a esclerose com líquidos por exemplo, ou Laser mais a crioesclerose.
Na grande maioria dos casos a resolução é excelente, porém, em alguns casos, o resultado é apenas parcial, necessitando de sessões de escleroterapia combinadas e até mesmo cirurgias tradicionais ou termoablação (com radiofrequência ou laser), para remoção de eventuais varizes nutridoras das teleangiectasias (vasinhos).
O tratamento com escleroterapia é pouco doloroso, visto que podem ser utilizados anestésicos misturados ao agente esclerosante, além de resfriamento da pele com aparelhos próprios.
O óxido nitroso poderia ser usado para se obter uma “sedação”, prática que deve ser restrita a casos eventuais, embora segura, aumenta os riscos do procedimento como um todo, e deveria ser idealmente acompanhada por um médico anestesista. Vários fabricantes de laser transdérmico contraindicam o seu uso em presença de óxido nitroso.
A recuperação das sessões de escleroterapia é rápida, sem necessidade de repouso ou mudança de hábitos diários, exceto a exposição ao sol.
As complicações mais frequentes e temporárias desse tratamento são os hematomas e manchas, sempre limitadas à pele. Raramente podem ocorrer reações alérgicas, irritação da pele, e muito raramente flebites e úlceras. A neovascularização (formação de pequenos vasos vermelhos vivos) é descrita, pouco frequente e limitada a algumas regiões com face lateral de coxa; pode decorrer de processo inflamatório mais exuberante em pacientes sensíveis aos líquidos, sua causa é multifatorial; felizmente a maioria dos casos revertem em semanas ou poucos meses. Todas as complicações descritas, exceto pequenos hematomas, são bastante raras em mãos de médicos especialistas, com resultados excelentes na grande maioria dos casos. Daí a importância da consulta, exame físico, exames de imagem complementares, estudo e cuidados com a pele, utilização de métodos combinados com parâmetros mais amenos, etc.