É o método mais utilizado para o tratamento doas teleangiectasias (vasos menores que 1mm de diâmetro) e veias reticulares (vasos > 1 mm e < 4mm de diâmetro).
No Brasil há preferência pela glicose hipertônica 75%, o polidocanol em diversas concentrações, o oleato e etanolamina, a crioescleroterapia ( glicose 75% a – 40ºC), ou a combinação de líquidos.
Nas sessões infundimos o líquido dentro dos pequenos vasos através de agulhas finas. A quantidade de picadas varia de médico para médico, e de vários outros fatores como tipo de pele, tamanho e quantidade de vasos, localização dos vasos, varizes associadas, tipos de vasinhos, sensibilidade do paciente, recidivas, etc.
Obviamente o excesso de picadas e de líquido infundido é acompanhado de mais vasos esclerosados (tratados), mas também de mais complicações. Desse modo, um limite deve ser respeitado, deixando para as próximas sessões o tratamento de outros vasos existentes.
Não há consenso na literatura de qual o melhor método para tratar os chamados vasinhos. Nenhum líquido ou método provou-se melhor que os outros. Cada médico tem sua expertise com determinados líquidos ou métodos e é isso que conta.
O tratamento é gradual e repetitivo, não se alcançando resultados significativos com uma ou duas sessões apenas. A quantidade de sessões varia com o número e tipo de vasos, tipo de pele, localização, sensibilidade aos líquidos, etc. Pode variar de poucas sessões ( 3-5 ) até 10 ou mais.
É muito importante frisarmos que o fato de um vasinho ter sido picado e recebido o líquido esclerosante ou recebido disparos de Laser, não significa que esse vaso obrigatoriamente está tratado. De fato, alguns vasos mesmo após esse tratamento ainda permanecem abertos, necessitando de outras sessões até que efetivamente desapareça.
Em casos de difícil tratamento ou recidivas precoces recomendamos a investigação para avaliar a presença de possíveis varizes, veias reticulares ou veias perfurantes que possam participar da gênese e manutenção dessas teleangiectasias mais resistentes ao tratamento.
Nos pacientes com muitos vasos, vasos finos e vermelhos vivos, recidivas ou de clareamento difícil, eu recomendo a associação do método químico com o uso do laser transdérmico, tornando o tratamento mais rápido e eficiente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Tese de mestrado: Análise quantitativa dos resultados de escleroterapia com o uso de fotografia digital e um programa de computador. Universidade Estadual de Campinas 2001
Quantitative analysis of sclerotherapy results by using digital photography and a computer program
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https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=357006
Resolução do CFM sobre sedação em artigo 5º: Considerando a necessidade de implementação de medidas preventivas voltadas à redução de riscos e ao aumento da segurança sobre a prática do ato anestésico, recomenda-se que:
a) a sedação/analgesia seja realizada por médicos, preferencialmente anestesistas, ficando o acompanhamento do paciente a cargo do médico que não esteja realizando o procedimento que exige sedação/analgesia;
Operating Room Fires
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Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular SP
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Jornal Vascular Brasileiro (digite uma busca)